O efeito mais nefasto da crise econômica, por enquanto, tem sido suscitar a fúria opiniática dos “sábios” progressistas (progressistas são os que fazem progredir o mal e o erro), sejam economistas ou não, que ocupam a imprensa. A quantidade de besteiras que eles dizem é de estarrecer. Refutar todas essas asneiras seria uma tarefa hercúlea para algum economista digno do nome, pelo modo como elas se multiplicam. Mas não há economista digno do nome influente o bastante para falar na grande imprensa.
E se houvesse não seria ouvido. Sua voz seria abafada pela gritaria dos progressistas e pela claque treinada para os aplaudir. É difícil escolher o pior entre eles, mas é fácil escolher o mais influente. Não pode ser outro senão o grande, o primeiro e único, Paul Krugman. Esse homem me vem à mente quando lembro daquele poema do Yeats, que fala da falta de convicção dos melhores e da apaixonada intensidade dos piores. Ele é o pior intenso e apaixonado por excelência, chefe de uma legião de piores como ele.
Krugman se acha um economista. Ele é graduado e pós-graduado nas melhores universidades dos Estados Unidos. É professor em Princeton, publicou livros de sucesso e tem uma coluna no New York Times, o jornal mais importante do mundo. Ganhou o prêmio Nobel de economia. É o guru econômico do Barack Obama. Enfim, Krugman “se acha”. Reconheço que ele tem todos os motivos para “se achar”. Está no topo do mundo. É um sucesso absoluto. Mas de economia Krugman não entende nada. Na verdade, entende tanto do assunto quanto Lula domina a física das partículas. Só que ninguém levaria Lula a sério se ele desse palestras sobre física das partículas. Mas todo mundo leva Krugman a sério em economia, inclusive o novo presidente dos Estados Unidos.
Por mais que a rapaziada progressista da Globo, o Zuenir, o Veríssimo, o Anselmo Góis, a Miriam Leitão, assegurem que as geniais teorias de Krugman darão conta da crise, o fato é que não darão. Krugman é keynesiano (logo, não é economista), porém ele quer ser mais do que isso. Ele quer ser o próprio Keynes. Ou mais. Concedo que esse desejo está a seu alcance. O Keynes original bem que tentou ser o conselheiro-mor de Roosevelt na época da crise de 29, só que ele era inglês e seu breviário de feitiçaria econômica (o livro Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda) só saiu em 1936, sem tempo para influir de imediato na alta política. O Keynes redivivo é americano e influente, além do que a teoria keynesiana já é, infelizmente, de domínio público.
Ok, você venceu, Krugman. Pode ser considerar o novo Keynes. E eu cá com meus botões registro que a análise da estatura intelectual do dois Keynes testemunha a decadência cultural da nossa época. O Keynes inglês era mais culto e interessante. E não acreditava numa palavra das maluquices que divulgava.
A teoria keynesiana afirma que o motor da estabilidade econômica é o consumo agregado. As medidas que Krugman recomenda e que serão (já estão sendo) adotadas pelos governos em escala mundial consistem, portanto, no estímulo do consumo por todos os meios necessários. Os governos farão isso criando moeda em grande escala e, entre outras coisas, gastando desbragadamente esse dinheiro novo, nem que seja em obras totalmente inúteis. Como cavar buracos e fechá-los em seguida, que o próprio Keynes recomendava. Em outras palavras, os governos vão inflacionar, vão emitir dinheiro pra caramba, muita coisa mesmo. Vão inflacionar muito mais do que já inflacionam. Vão soterrar o mundo inteiro sob trilhões e depois quatrilhões, quinquilhões, sextilhões de dólares, euros, yens, libras, sucres, pesos, reais etc.
É claro que não vai funcionar. Se inflação criasse prosperidade, o país mais rico do mundo hoje seria o Zimbabwe, cuja taxa anual de inflação está para lá de duzentos milhões por cento. A inflação é precisamente a causa da moléstia, não a cura. A teoria keynesiana é uma completa insensatez e Paul Krugman é um louco de hospício. O planeta está nas mãos de loucos, mas é isso o que acontece quando os melhores desalentam e os piores se enchem de apaixonada intensidade.
E se houvesse não seria ouvido. Sua voz seria abafada pela gritaria dos progressistas e pela claque treinada para os aplaudir. É difícil escolher o pior entre eles, mas é fácil escolher o mais influente. Não pode ser outro senão o grande, o primeiro e único, Paul Krugman. Esse homem me vem à mente quando lembro daquele poema do Yeats, que fala da falta de convicção dos melhores e da apaixonada intensidade dos piores. Ele é o pior intenso e apaixonado por excelência, chefe de uma legião de piores como ele.
Krugman se acha um economista. Ele é graduado e pós-graduado nas melhores universidades dos Estados Unidos. É professor em Princeton, publicou livros de sucesso e tem uma coluna no New York Times, o jornal mais importante do mundo. Ganhou o prêmio Nobel de economia. É o guru econômico do Barack Obama. Enfim, Krugman “se acha”. Reconheço que ele tem todos os motivos para “se achar”. Está no topo do mundo. É um sucesso absoluto. Mas de economia Krugman não entende nada. Na verdade, entende tanto do assunto quanto Lula domina a física das partículas. Só que ninguém levaria Lula a sério se ele desse palestras sobre física das partículas. Mas todo mundo leva Krugman a sério em economia, inclusive o novo presidente dos Estados Unidos.
Por mais que a rapaziada progressista da Globo, o Zuenir, o Veríssimo, o Anselmo Góis, a Miriam Leitão, assegurem que as geniais teorias de Krugman darão conta da crise, o fato é que não darão. Krugman é keynesiano (logo, não é economista), porém ele quer ser mais do que isso. Ele quer ser o próprio Keynes. Ou mais. Concedo que esse desejo está a seu alcance. O Keynes original bem que tentou ser o conselheiro-mor de Roosevelt na época da crise de 29, só que ele era inglês e seu breviário de feitiçaria econômica (o livro Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda) só saiu em 1936, sem tempo para influir de imediato na alta política. O Keynes redivivo é americano e influente, além do que a teoria keynesiana já é, infelizmente, de domínio público.
Ok, você venceu, Krugman. Pode ser considerar o novo Keynes. E eu cá com meus botões registro que a análise da estatura intelectual do dois Keynes testemunha a decadência cultural da nossa época. O Keynes inglês era mais culto e interessante. E não acreditava numa palavra das maluquices que divulgava.
A teoria keynesiana afirma que o motor da estabilidade econômica é o consumo agregado. As medidas que Krugman recomenda e que serão (já estão sendo) adotadas pelos governos em escala mundial consistem, portanto, no estímulo do consumo por todos os meios necessários. Os governos farão isso criando moeda em grande escala e, entre outras coisas, gastando desbragadamente esse dinheiro novo, nem que seja em obras totalmente inúteis. Como cavar buracos e fechá-los em seguida, que o próprio Keynes recomendava. Em outras palavras, os governos vão inflacionar, vão emitir dinheiro pra caramba, muita coisa mesmo. Vão inflacionar muito mais do que já inflacionam. Vão soterrar o mundo inteiro sob trilhões e depois quatrilhões, quinquilhões, sextilhões de dólares, euros, yens, libras, sucres, pesos, reais etc.
É claro que não vai funcionar. Se inflação criasse prosperidade, o país mais rico do mundo hoje seria o Zimbabwe, cuja taxa anual de inflação está para lá de duzentos milhões por cento. A inflação é precisamente a causa da moléstia, não a cura. A teoria keynesiana é uma completa insensatez e Paul Krugman é um louco de hospício. O planeta está nas mãos de loucos, mas é isso o que acontece quando os melhores desalentam e os piores se enchem de apaixonada intensidade.